Era perfeito, tudo que vinha a minha cabeça era Deus olhando pra todos os jovens e dizendo: “Eu escolhi vocês, minha galera jovem, porque vocês são fortes.”
E eu comecei a me envolver com essa galera, pra unir forças e fazer o que fomos escolhidos e preparados pra fazer. Me decepcionei muito, comecei a ver que aquela juventude era muito empolgada com a comunhão encontrada nos cultos, com os bons amigos feitos dentro da igreja, com as músicas animadas da banda jovem e com as saídas após o culto. E isso tudo é motivo pra nos alegrarmos, sim! Somos jovens cristãos e devemos curtir todas essas coisas boas que a vida cristã nos oferece.
Mas eu percebi que faltava nesses jovens a motivação certa, o que levava esses jovens pra dentro das igrejas e dos eventos, não era a vontade de conhecer mais e de serem transformados, eles tinham motivações passageiras, inspirações fracas e vontades provisórias.
Eu também olhei pra mim, e na minha vida muita coisa precisava ser mudada, pra que um dia eu chegasse a esses jovens e falasse o que Deus quer, na real, pra vida deles. Sentei e troquei umas ideias com Ele, falei dos meus medos, das minhas angústias e da vontade que eu tinha de trabalhar pra Ele, na igreja e em outros lugares. Falei das minhas dificuldades em fazer isso, e da minha frustração por não poder fazer mais! Por muitos dias eu falava, e chorava e pedia a Deus que me desse uma luz, e que essa luz iluminasse o bastante pra que toda a juventude cristã, ou pelo ao menos os jovens cristãos que eu conheço fossem alcançados.
Me surpreendi com a resposta, porque não foi nada do que eu esperava.
Deus me disse claramente que Ele se preocupava com a minha vida e com o meu relacionamento diário com Ele, e que não se importava com o quanto eu posso fazer por essa missão, mas sim com o meu interesse em dar o meu melhor, e com o meu coração motivado em ver Cristo sendo grande, e eu sendo bem pequena.
Enquanto a falta de compromisso dos outros jovens me espantava, e me fazia pensar em como eles eram pecadores, a minha vida com Deus também se enfraquecia, eu precisava me importar com eles, mas eu precisava de amor para me importar, amor que compreenda as dificuldades e procure ajudar, no lugar de criticar.
Entendo agora que a melhor forma de pregação é a vida, essa é a luz que vai brilhar na escuridão, e que vai mostrar a muitos que não vale a pena essa ideia de viver pra Deus de maneira superficial.
O que eu espero passar daqui pra frente nesse blog, é o quanto é difícil, mas infinitamente recompensador ser um jovem cristão, e fazer dessa vida a melhor possível, por Ele e para Ele. Que nossas igrejas e congressos tenham muitos ou poucos jovens, se eles entenderem que estão ali por um propósito, e de coração puro buscando um relacionamento mais profundo e intimo com Deus, será essa a fórmula pra marcar essa geração.
#FikDik Musical: Vou me Lembrar - Resgate
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